Introdução

Pode-se dizer que o estilo jazz origina-se de uma síntese da linguagem harmônica presente no mundo ocidental com o ritmo e as inflexões melódicas da África.

Esta espécie de fusão teve início através de obscuros músicos negros no final do século 19. Estes negros traziam consigo o idioma musical africano que se traduzia pelo estilo spirituals (canções de sentimento religioso), as chamadas Work Songs e Field Holler (cantos que eram entoados durante os penosos dias nos campos de algodão e outros trabalhos igualmente extenuantes) e o blues (o canto do lamento).

Dixieland Jazz

A forma mais antiga de música identificada como sendo jazz foi aquela executada em 1917, em New York City, pela “Original Dixieland Jazz Band”. Sob o comando de Nick La Rocca, seus membros eram brancos de New Orleans, tocando um estilo que aprenderam com os negros da cidade.

New York Jazz

Com o tempo, os arranjos escritos e as performances solo foram ganhando maior interesse, ênfase e renomes começaram a aparecer como: Sidney Bechet, Ferdinand ‘Jelly Roll’ Morton, Coleman Hawkins, Louis Armostrong, James P. Johnson e os bandleaders Fletcher Henderson e Duke Ellington. Foi inclusive Henderson quem desenvolveu o estilo conhecido como swing, apresentando o som tipo “chamada e resposta” entre metais e palhetas, uso intenso de riffs, com arranjos elaborados e frequente inserção de solos de improviso.

A Era do Boogie-Woogiez

Trata-se de um estilo de piano do jazz caracterizado por riffs com a mão esquerda, sustentados e corridos geralmente ao tempo de oito compassos. Foi uma versão rítmica intensa da guitarra do blues que era tocada para ser dançada em bordéis e 'rent parties '(bailes para arrecadação de dinheiro), hábito das comunidades negras pobres.

A Era do Jazz Swing

O idioma dominante dos anos 30 e em boa parte dos anos 40 era o swing. Usado quase que exclusivamente como música para dançar, o som das big bands empregou muitas das técnicas de Henderson. Entre os nomes mais populares desta época estão as orquestras de Benny Goodman, Glenn Miller, Woody Herman, Tommy e Jimmy Dorsey e Artie Shaw.

A Era do Bebop

No início dos anos 40 as limitações e restrições de arranjos das big bands começaram a fazer com que vários músicos do jazz passassem a rejeitar a linguagem vigente e, juntos, criaram o que foi conhecido como o Bebop ou Bop, no cenário de New York. Na liderança deste movimento tem Charlie Parker, Dizzy Gillespie, Thelonious Monk e outros.

A Era do Cool Jazz

Um dos mais importantes estilos do jazz nos anos 50 ficou conhecido por Cool Jazz.

Third Stream

Aliado ao cool jazz, esse período foi capaz de combinar formas clássicas modernas às técnicas do jazz, como usar trechos de improvisação, composições escritas para orquestras sinfônicas e de câmara, incluindo quartetos de cordas.

O Jazz dos Anos 60

O Jazz dos anos 60 foi um espelho das transformações sociais do momento. Muito dos trabalhos se caracterizavam pela busca de liberdade harmônica, melódica e rítmica.

O Jazz dos Anos 70

A década de 70 trouxe o interesse renovado para o estilo, com um “revival” de muitas das concepções mais tradicionais adicionadas às novas. A popularidade das big bands, usando inúmeras características do swing, espalhou-se por ginásios e campus universitários.

O Jazz dos Anos 80 e 90

Nos anos 80 houve adições ecléticas à linguagem do jazz. O chamado Afro-Pop, que combinou jazz com sons e ritmos africanos, e a música latino-americana, mais propriamente a brasileira, trouxeram novas variações.